Partilha de conhecimentos: o Estudo Conjunto Inovação Regional UE-China

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O Estudo conjunto UE-China sobre inovação regional, apoiada pelo anterior programa UIC-Ásia, destina-se a comparar as abordagens europeia e chinesa da inovação regional, realizando uma análise comparativa a nível geral e analisando também seis boas práticas das regiões/províncias da China e da UE. Procura explorar ideias para a futura cooperação entre a União Europeia e a China em matéria de sistemas de inovação regionais. O estudo apoia a cooperação da União Europeia em matéria de política regional com a China e será utilizado como referência na cooperação inter-regional para o programa IURC-China.

O sumário executivo salienta isso, ?Resulta claramente das análises deste estudo que a inovação está no centro dos esforços da UE e da China para se manterem competitivas e ganharem competitividade na era da globalização. Embora as abordagens à inovação difiram em muitos aspetos na UE e na China, respetivamente, este estudo sugere que as suas diferentes experiências em relação à promoção da inovação a nível regional proporcionam um terreno frutuoso para a cooperação. A metodologia de especialização inteligente desenvolvida na União Europeia é agora reconhecida internacionalmente como uma abordagem adequada para promover a inovação e a competitividade, com a flexibilidade que lhe permite adaptar-se a diferentes circunstâncias. ?

Especialização inteligente

Parte I do estudo analisa a inovação regional na UE e na China. Começa com o desenvolvimento da política de inovação da UE, em especial a especialização inteligente, e com o apoio da UE à cooperação internacional em matéria de inovação regional. O desenvolvimento da política regional de inovação na China é abrangido, com destaque para a dimensão territorial, centrada nas três principais regiões de inovação: Pequim-Tianjin-Hebei, o delta do rio Yangtzé e o delta do rio das Pérolas, alguns dos quais podem ser intervenientes importantes no programa IURC-China.

A terceira secção da parte I centra-se no processo de cooperação em matéria de sistemas de inovação regionais e nos seus desafios emergentes. Com base na experiência de cooperação regional entre a UE e a China, sugere-se que a cooperação em matéria de sistemas de inovação regionais inclua alguns dos seguintes elementos-chave:

? Selecionar as regiões com melhores perspetivas de êxito na cooperação
? Identificar um parceiro forte para cada região participante
? Transformar estas informações em propostas de planos de acção de cooperação regional
? Criar um sistema de inovação intrarregional baseado numa abordagem de emparelhamento aberto
? Abordagem de hélice tripla
? Governança e Integração Vertical
? Comunicar o processo e os resultados

Principais acções no domínio da inovação

A secção final da parte I compara os sistemas regionais de inovação entre a UE e a China, especialmente no que diz respeito às suas abordagens, à dimensão territorial e à participação das partes interessadas.

Foi dito, ?Tanto a Europa como a China deram uma grande prioridade ao processo de inovação. Na Europa, a preocupação tem sido a de procurar manter a competitividade e reestruturar a economia, face a um processo de décadas de reestruturação e perda de postos de trabalho em indústrias-chave. Na China, a preocupação também tem sido a reestruturação da indústria, mas o objetivo subjacente é passar para uma fase diferente no processo de desenvolvimento económico, subindo na cadeia de valor e alcançando uma economia de alta produtividade e alta renda.?

Afirma-se ainda, ?Na UE, o «Pacto Ecológico» é a nova estratégia para promover a recuperação e a transição na sequência da crise induzida pela COVID-19. A UE tenciona reforçar a dimensão ecológica da especialização inteligente, que será reforçada em consonância com a prioridade europeia de adaptar o desenvolvimento sustentável à transformação digital. Na China, os governos locais já integram objetivos de proteção ambiental nos planos locais de desenvolvimento económico e social e informam sobre a implementação nas avaliações por funcionários do governo local.?

Parte II contém estudos de caso das seguintes áreas:

? País Basco (Espanha)
? Bade-Vurtemberga (Alemanha)
? Centro (Portugal)
? Jiangsu (China)
? Shandong (China)
? Chengdu-Chongqing (China)

País Basco

Painel Regional da Inovação de Bade-Vurtemberga

Na secção «Conclusões», afirma-se:Resulta claramente das análises deste estudo que a inovação está no centro dos esforços da UE e da China para se manterem competitivas na era da globalização. Embora as abordagens à inovação difiram em muitos aspetos na UE e na China, respetivamente, este estudo sugere que as suas diferentes experiências em relação à promoção da inovação a nível regional proporcionam um terreno frutuoso para a cooperação. O novo Programa de Cooperação Urbana e Regional Internacional (IURC) da UE proporciona, no âmbito da sua componente 2, uma oportunidade para uma abordagem mais profunda e sistemática da cooperação entre regiões da UE e da China (bem como de outros países) sobre este tema. Para o efeito, a cooperação entre a UE e os parceiros de países terceiros em matéria de sistemas de inovação regionais no âmbito da IURC terá uma dimensão substancial, bem como uma dimensão processual. ?

Shandong (China)

O estudo foi coordenado pela Casa Ásia, de autoria de Robert Hassink, Lun Liu, Amadeo Jensana e Guillermo Martínez-Taberner. Foram igualmente recebidos contributos de Ronald Hall, conselheiro principal ativo, Comissão Europeia, Direção-Geral da Política Regional e Urbana, Lambert van Nistelrooij, frm. Deputado ao Parlamento Europeu, Comissão do Desenvolvimento Regional, Pablo Gándara, chefe de equipa, UIC Ásia, e Oscar Prat van Thiel, perito principal, UIC Ásia.

O estudo está disponível em:
Estudo conjunto UE-China sobre inovação regional